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→‎Etimologia de [[bonde]]: (Mensagem ao Teuto)
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:O que acha?
:--'''[[Usuário:ValJor|Valdir Jorge]]''' &nbsp;<sup>[[Usuário Discussão:ValJor|fala!]]</sup><br/> 11h05min de 26 de setembro de 2020 (UTC)
 
:Olá, {{U|ValJor|Valdir Jorge}}! Muito obrigado pela sua resposta. Agradeço a sua sugestão e aceito a sua proposta de ajuda para a criação do apêndice. Entretanto, devo confessar que me confundi por inércia ao basear-me na classificação epónimo utilizada em „sandwich“. A designação genérica „bonde“ como se vê pela sua história não é um epónimo. Por favor, elimine o dito erro quando e onde o encontrar no meu texto. Para repor tudo no devido lugar eu redigi uma nova versão que encontra aqui em anexo com a história e significado da designação genérica „bonde“, a qual pode ser transferida para um possível apêndice ainda a ser criado. Para fundamentar a história da designação genérica „bonde“ com fontes confiáveis é muito difícil para mim, porque já não estou no Brasi há mais de 50 anos, e o seu conhecimento veio até mim ainda no Brasil por tradição oral que às vezes era confirmada por artigos publicados em jornais e revistas desde os anos 1950 até mais ou menos 1966/1967, quando deixou de existir esse meio de transporte colectivo em São Paulo. Cordiais cumprimentos --[[Usuário:Teuto-brasileiro|Teuto-brasileiro]] ([[Usuário Discussão:Teuto-brasileiro|Discussão]]) 22h18min de 27 de setembro de 2020 (UTC)
 
'''História e significado da designação genérica „bonde“'''
 
O vocábulo inglês „bond“ mediante a forma aportuguesada „bonde“ assumiu por metonímia [https://pt.wikipedia.org/wiki/Meton%C3%ADmia], apenas na variante do português falado no Brasil, o significado genérico que se pode discriminar do seguinte modo: carro eléctrico que se desloca sobre carris de ferro, dotado de roldana de contacto (trólei = trolley) para a ligação dos seus motores ao cabo de corrente eléctrica, o qual se encontra estendido em suspenso mesmo por cima do carro ao longo de todo o caminho dos carris de ferro (tramway).
 
A palavra „bond“ tem na sua origem inglesa um significado traduzível por „obrigação“ [https://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%A3o_(economia)], cuja definição se discrimina em português como título de crédito que obriga a entidade emissora a pagamento de juros e ao reembolso do capital dentro do prazo previamente estabelecido.
 
A forma metonimica „bonde“ nasceu em São Paulo, entre 1912 e 1920, quando a empresa canadiana então denominada „São Paulo Tramway, Light and Power Company” [https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_Tramway,_Light_and_Power_Company] concessionária dos transportes colectivos de passageiros em São Paulo fez a emissão de obrigações („bonds“) resgatáveis a longo prazo para se financiar e assim poder construir e pôr em funcionamento os seus carros elécricos no caminho dos carris de ferro (Tramway de Santo Amaro) [https://pt.wikipedia.org/wiki/Tramway_de_Santo_Amaro] entre a estação da Vila Mariana e estação terminal no Socorro (Santo Amaro). Antes disso, a empresa canadiana São Paulo Tramway, Light and Power Company absorveu em 1913 a empresa Tramway de Santo Amaro, a qual fazia um trajecto desde a estação de Vila Mariana até ao Largo de 13 de Maio no centro de Santo Amaro utilizando uma unidade automotora movida por energia térmica do vapor, a qual se deslocava por caminhos sobre carris de ferro com bitola estreita. A denominação popular dessa unidade automotora era „trenzinho“, entretanto em boa parte do seu trajecto, o dito „trenzinho“ teve o seu uso substituído pelo carro eléctrico (mais tarde designado bonde) e a linha férrea na parte restante foi encerrada e desmantelada.
 
Quem fosse obrigacionista dos títulos da atrás mencionada emissão recebia um bónus (''debentured bond'') que facultava ao utente o direito a um abatimento no preço da passagem, quando se fizesse transportar em qualquer carro eléctrico da empresa. Antes de 1912, os carros que se deslocavam sobre carris de ferro em São Paulo faziam as suas viagens somente por meio de tracção animal e a citada concessionária canadiana veio substituí-la por tracção eléctrica. Por causa dessas condições especiais os carros eléctricos dessa concessionária trouxeram durante longo tempo um cartaz afixado à frente do lado de fora do veículo mesmo junto do „motorneiro“ (empregado da empresa que, ao freio, conduzia o carro eléctrico sobre carris) pintado sobre um fundo de cor alaranjada, a palavra em inglês „bond“ escrita com letras garrafais anunciando desse modo a emissão das obrigações („bonds“). A maioria dos passageiros utentes „não obrigacionistas” desconhecia por completo o significado da palavra „bond“ e por isso tomava aquela palavra inglesa inscrita à frente dos veículos por uma designação genérica do próprio veículo usado como meio de transporte, e assim surgiu em São Paulo por metonímia a designação genérica „bonde“.
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