Discussão:alfarrábio

Último comentário: 2 novembro de André Koehne no tópico Jocoso, sim!

Jocoso, sim!

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Olá André!

"Alfarrábio" é sim uma maneira irônica/engraçada de se referir a um livro. Porque é uma palavra "antiga", então causa um estranhamento quando usamos. Assim, se eu digo "Estou lendo um livro do Asimov" eu só estou passando a informação de que estou lendo um livro, mas se eu digo "Estou lendo um alfarrábio do Asimov", então dá a ideia de um daqueles livrões antigos, empoeirados, com as pontas carcomidas pelo tempo.

Valdir Jorge  fala!
10h56min de 1 de novembro de 2024 (UTC)Responder

Bem... Eu me considero um alfarrabista de longa data (e foi assim, frequentando sebos reais e virtuais, que montei minha biblioteca), de modo que não me vejo a rir nas buscas quase diárias por obras esgotadas que apenas nos alfarrábios consigo localizar... E é consultando meus alfarrábios que, muitas vezes, estou aqui a coligir entradas e, sinceramente, é algo que levo muito a sério... Possivelmente, quiçá, nestes tempos cabeludos em que os livros sejam lá coisas estranhas e, valha-me Deus, risíveis, uma nova acepção tenhamos? Estava a separar algumas citações que creio sejam interessantes, para os bibliólatras como eu, poderem usar essa palavrinha, sem que corramos o risco de que se nos achem graça... Ou não...
Mas é curioso um termo que tem sua matriz no velho الـفارابی (Alfarábi), que viveu lá suas oito décadas de vida a estudar música, economia e muita, muita filosofia justo quando a Europa mergulhava em trevas, ter um termo diretamente dele derivado terminar como piada! (embora, eu comigo, não veja a menor graça...)
Finalizando, como não encontrei referências que nos dê essa conotação, removi. Provavelmente, dada a dinâmica da língua (ou talvez essa coisa de hoje livros serem "piadas"), eu realmente não vou contraditar caso seja reposto o escopo - caso isto já não tenha ocorrido... Um abraço, mestre Valdir. André Koehne Digaê 14h10min de 1 de novembro de 2024 (UTC)Responder
 
Alguns alfarrábios do Koehne...

Pois! Fui me lembrar dessa minha antiga foto de alguns dos meus alfarrábios... Pensa em como fico como peixe dentro d'água, com essas cousas d'antanho! he, he... Acho, realmente, lúdico, nunca jocoso, mestre Valdir!
Com essa Larousse de mais de 100 anos andei ilustrando algumas cousas, não sei por quê parei... Agora imagine o trabalho que me deu, lá em 2007, para escanear isso!: um volume gigantesco, tive que copiar em partes e depois montar, num tempo em que memória dos computadores era um limitante (a resolução, minha nossa! Parecia ser tão grande!)... Usei algumas das imagens dele no afã de fazer um trabalho bonzinho na Wikipédia...
Como falei, em tempos onde um pequeno celular parece concentrar tudo de que se precisa, tornei-me anacrônico e até uma palavrinha que usava com certo orgulho hoje parece ter acepção pejorativa!
Lembrando-me dos idos da ditadura, quando fui incluído nos anais do extinto SNI, hoje entendo que continua a ser subversivo ter livros! Mas, como pode ver, continuo resistindo, he, he... Forte abraço do alfarrábico e verborrágico caetiteense! André Koehne Digaê 22h28min de 1 de novembro de 2024 (UTC)Responder

Olá André!
Se você olhar a definição da palavra no Aulete, vai ver que abaixo da segunda definição há uma nota que diz: "[Ger. us. no pl. Por vezes us. de modo irônico ou jocoso.]".
Em tempo: também frequentei muito "sebo" em minha juventude, encontrava muitas joias, algumas que guardo até hoje. Então, só quero dizer que não tenho nada contra livros antigos, gosto muito bem deles, mas nosso dicionário é descritivo, não prescritivo, e o povo realmente usa "alfarrábio" no sentido de "livro" colocando uma pitada de ironia. Só isso.
Valdir Jorge  fala!
12h31min de 2 de novembro de 2024 (UTC)Responder
Ah, o Aulete... Acredita que acho-o, como dicionário, um tanto jocoso? he, he... Sim, deixei o sentido do plural para outra entrada que, como você mesmo indicou, possui significação própria além da mera forma de substantivo. No singular, não vejo referência a esse uso. Muito pelo contrário... Um abraço. André Koehne Digaê 15h20min de 2 de novembro de 2024 (UTC)Responder
PS: sebos são tudo de bom! Pena que hoje estou limitado aos virtuais... Adorava passar horas neles!
PS²: ganhei cinco volumes do Asimov... Não li, ainda. Era mais do Bradbury - após, claro, ter-me iniciado nesse ramo da sci-fi com ele, o mestre, o Julinho Verne! he, he... Como um bom Trekker (deixo ao anglófono Valdir um dia criar essa entrada! he, he...), também sou fã de séries e filmes na temática! heee... André Koehne Digaê 15h28min de 2 de novembro de 2024 (UTC)Responder
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