consciência: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Sem resumo de edição
Sem resumo de edição
Linha 3:
Duas, ao menos, são as formas, ou modos, pelos quais podemos compreender a consciência. A primeira, mais comum, corresponde a compreender a consciência como [[algo corporificado]]; algo, neste caso, necessariamente, dotado de substância e forma. Normalmente (ainda que não nos apercebamos do fato), ao nos valermos de expressões tal qual minha consciência, sua consciência, etc., estamos a nos referir à situação em que a consciência corresponderia a algo corporificado. Vale lembrar que, efetivamente, não podemos possuir algo que não seja dotado de substância e forma. O segundo modo, mais incomum, corresponde a compreender a consciência como um processo. Jung, por ex., afirmava (1): “A consciência é a função ou atividade que mantém a relação dos conteúdos psíquicos com o eu”.
 
Neste contexto, em realidade, '''''a consciência como tal, ou seja, como algo corporificado não existe;''''' é insubsistente. Na medida em que '''somos algo capaz de se conscientizar''', e, sob tal ótica, a consciência é insubsistente, sendo que [['''''o que, deveras, prevalece, e existe, é o Eu, a tomar consciência do que quer que seja.''''']]
Afirmar que pela consciência nos tornamos conscientes, do que quer que seja, torna-se, em verdade, um erro mais crasso do que, por exemplo, atribuir o ato de pensar ao cérebro, e não ao pensador:- o tão decantado, quão pouco conhecido, Eu! Eis que, ao menos o cérebro existe, como estrutura partícipe do processo pensante; enquanto que a consciência não passa de ser o fenômeno relacionado à percepção das coisas, por parte do Eu, que, em tais circunstâncias, bem pode denominar-se '''Eu-consciente'''.