Discussão:carro elétrico

Último comentário: 5 de outubro de 2020 de Teuto-brasileiro no tópico Ligações externas * Origem do termo “bonde”

Ligações externas * Origem do termo “bonde” editar

O artigo posto em “ligações externas” da entrada “bonde” no wikcionário, cujo título original é “Bonde - Tramway - Origem das Palavras” [1], contém no subtítulo “etimologia da palavra bonde” a afirmação de que a palavra “bonde” surgiu em 1879. Esta afirmação não é correcta, pois o nome conhecido até então não era “bonde”, mas sim o plural “bonds”. A palavra no plural “bonds” ficou conhecida da população brasileira em geral, quando o Ministro da Fazenda do Governo Imperial Brasileiro, em finais do ano 1869, para financiar o “deficit” acumulado do orçamento público causado pela “Guerra do Paraguai” decidiu fazer uma emissão de “bonds” (obrigações) com um montante elevadíssimo para assim obter um empréstimo nos meios financeiros internacionais de então. A emissão desse empréstimo internacional era de valor tão elevado que foi muito criticada pela imprensa brasileira. Em 1874, volvidos 5 anos sobre o episódio da emissão de “bonds” pelo governo brasileiro, a Companhia Locomotora que explorava o negócio de transportes colectivos de passageiros em carruagens puxadas por bestas muares, cuja deslocação se fazia sobre carris de ferro inseridos rente ao solo da via pública, fez uma emissão de “bonds” com o objectivo de esmagar a concorrência através de certos investimentos, e assim atingir a sua principal concorrente, a Companhia Ferro Carril. A partir disso, a empresa Companhia Locomotora passou a ser mais conhecida como a empresa dos “bonds” em alusão aos carris de ferro com a bitola estreita, onde se concentrava o investimento feito com os dinheiros do empréstimo titulado por “bonds” e não às carruagens puxadas pelas bestas muares. Houve uma empresa daquela época que operava no sector dos transportes colectivos sobre carris de ferro, a qual associou os “bonds” a um abatimento no preço da passagem emitindo um tipo de bilhete chamado “debentured bonds”. A forma metonímica “bonds” sempre esteve associada aos carris de ferro assentados adequadamente no solo da via pública e não aos veículos que circulavam sobre os carris de ferro. Somente no início do Século 20 com o advento do “carro eléctrico” é que a forma metonímica “bonde” passou a ser também aplicada ao equipamento circulante, dado que este necessitava de toda uma infraestrutura indispensável para funcionar, em particular, o abastecimento de energia eléctrica aos motores do carro eléctrico, o que era feito a partir de uma central eléctrica (light and power). Antes de o “carro eléctrico” existir os carris de ferro é que eram o equipamento mais importante na circulação das carruagens e não a própria carruagem, pois estas já existiam muito antes de se fazer a sua circulação por caminhos onde estavam instalados carris de ferro. Tendo em conta todos os factos aqui expostos o nome mais apropriado e correcto para este tipo de veículo não é “bonde” eléctrico, mas sim “carro eléctrico”. Nos últimos anos, há uma certa relutância em se utilizar a locução substantiva “carro eléctrico” ligado aos carris de ferro, sobretudo por causa do mau uso que certos “media” de comunicação social ligada ao automobilismo fazem ao utilizá-la erroneamente em lugar da locução substantiva: “veículo automóvel eléctrico”.

--Teuto-brasileiro (Discussão) 11h57min de 5 de outubro de 2020 (UTC)Responder

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